segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Libertinagem vs Integridade Part I: A Noite, O Chart, As Merdas.

  O mundo já encontrou a sua própria maneira de funcionar, algo entre a ordem e o caos. Algo certo,  porém errado. Algo que evolui, sem parar de estagnar todos os dias.

A Noite

 À noite, todos os gatos são pardos e, com o barulho das luzes, com a sobriedade própria de quem bebe, tudo o que seja complicado à luz do dia, triplica de noite.
 O abuso de drogas é feio. Ficas feio sem dares por isso. Nas tuas próprias barbas, transformas-te num monstro esfomeado. Tremes, mordes, reviras os olhos, mas estás sempre "fixe", porque não é fixe dizer que te sentes mal, que foi demais para ti, que não és um super herói ou uma rockstar. Seja como for, se não arranjares problemas, não valeu a pena, porque gostas de viver no limite. No limite que mete dó.
 Ainda assim, nunca te chega, nunca sacias a tua fome de besta. Um copo para abanar a alma. Mais um. Agora um shot. Dois. Passa a três, que passa a quatro e já não estás sozinho...
Porque só assim te consegues relacionar.

O Chart

  A Teresinha namorou com o João dois anos. Acabaram porque o João queria mais e como a Teresinha era de "boas famílias", fez-se de difícil.
  O João conheceu a Rita numa festa. A Rita conhecia a Teresinha do liceu. A Rita teve relações sexuais com o João na 1º noite. O João quis voltar para a primeira rapariga. Pena que a Teresinha fosse agora a Teresa, imponente e poderosa, que papa meio mundo e é famosa. Que papou o Miguel normal, o Bernardo assim assim , o Salvador da linha, o Kiko do dubstep, a ex namorada do Kiko, a Só(raia) de Sintra e, se apaixonou.
 A Só(raia) não só era de Sintra como vivia sozinha. A mãe batia-lhe. O pai era drogado. Ela além de viver sozinha, sentia-se só. Encontrou a sua maneira de funcionar e, foi na bissexualidade que se vingou. Podia controlar raparigas mais fracas, podia ser o pai, podia ser a mãe. Podia fazer a vida negra à Teresa só porque sim, que por sua vez, desabafava com a Ana, que a amara desde o dia em que se conheceram.
 Ana era prima de Só. Ana era lésbica assumida desde que nascera. Podia amar Teresa, mas marchava tudo o que vestisse de 38 para baixo. Ana era "boss". Lisboa era demasiado pequena. Ana deixou de ser "boss", passou a ser odiada. Criou demasiadas ondas, partiu demasiados corações c/ e sem dona. Partiram-lhe várias vezes a cara, e a última, foi o João, depois de a ver a papar a Teresa, que afinal ainda era a Teresinha.
 A Teresinha, no meio desta confusão toda, optou pela androgenia. Deixou de ser beta, deixou de ser burra, passou a perna à outrora boss, passou a perna ao João que passou a abrir as pernas a outros Joões. Abriu pernas como se não houvesse amanhã e a história continuou, como sempre, a repetir-se a si mesma.

O ciclo come o ciclo. A libertinagem puxa libertinagem e no meio disto tudo, quem ficar à porta ganha. A integridade está do lado de fora, do lado de quem não precisa de entrar para ser livre. Porque ser livre é bem diferente de ser libertino. E se o livre se sente, eventualmente, leve, o libertino será sempre um leviano.

As Merdas

  O problema, é que as merdas vêm umas atrás das outras. E quando já num buraco, é de evitar escavar mais.

  A droga altera a percepção da realidade, das barreiras, do adequado. O chart potencia, alarga e subverte situações, com tendência ao disfemismo.
 A má língua é o perfeito catalisador e, como vimos na alínea A Noite, com o álcool, normalmente em versão quanto mais forte e translúcido melhor, o resultado, combinado com mini t-shirts transparentes ou camisas aos quadrados, cabelos curtos, escuros e espetados, ou seja as merdas, culmina em explosão.

 Cuidado meninas,
 A integridade ganha sempre à libertinagem e um dia explode-vos na cara.

LL
 

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